quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Gêneros Jornalísticos

     Os gêneros da comunicação massiva são os lugares privilegiados da apropriação do comunicólogo e exercem influência fundamental no processo de legitimação e autonomia das Ciências da Comunicação. À comunicade científica, os gêneros são fundamentais pois permitem a discussão sobre a abrangência dos fenômenos comunicacionais como prática estruturadora e construtora de significados na sociedade. Os gêneros são os lugares da apropriação empírica do investigador onde são apontadas as linhas gerais dos procedimentos analíticos para a compreensão da comunicação, sua natureza e suas dinâmicas internas como campo autônomo de conhecimento. Como afirma Lorenzo Gomis, os gêneros ajudam o escritor a escrever e o leitor a ler, permitindo relacionar formas e conteúdos.
     Jesus Martin-Barbero é mais claro ao afirmar que os gêneros atuam estrategicamente na produção e como leitura de si mesmo, permitindo que o sentido da narrativa seja produzido e consumido, "lido e compreendido, e que, diferentemente do funcionamento da obra na cultura culta, constitui-se na unidade de análise da cultura de massas".
      Para Alceu Amoroso Lima o gênero é "compreendido não como uma imposição ou um modelo, de fora para dentro, mas como uma livre disciplina, de dentro para fora, como princípios ordenadores determinados pela própria arte em sua função criadora". O gênero possui caráter mutável, por ser um instrumento de diálogo entre produtor e receptor. Na medida em que o diálogo avança, as formas de apresentação vão mudando. Trata-se de um realidade dinâmica.

 Gêneros e formatos na comunicação massiva periodística: um estudo do jornal "Folha de São Paulo" e da revista "Veja"

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